Acordo para compra de palacete da família Guinle Paula Machado, foi fechado nesta sexta
Fechado nos últimos seis anos sem utilização, o belo palacete dafamília Guinle Paula Machado, na Rua São Clemente, em Botafogo, ganha umdestino nobre. Por iniciativa da FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Riode Janeiro), abrigará um importante centro de cultura e de formaçãoprofissional para a Indústria Criativa – cinema, teatro, computação/software,moda, design e televisão.
Comprado da tradicional família nesta sexta-feira, 29, pela FIRJANpor R$ 11 milhões, o palacete em estilo renascentista francês com 1.500 metrosquadrados de área construída em terreno de 8 mil metros quadrados, abrigarámoderno teatro, ambiente para exposições e salas de aulas. A expectativa é quea reforma dure 18 meses.
Será a segunda unidade do SESI/SENAI naZona Sul do Rio de Janeiro, depois da de Laranjeiras. Com esta, serão 60 unidadesem funcionamento em todas as regiões do estado, além de um escritório em Brasília.
Palaceterenascentista
Obelo e imponente palacete dos Guinle Paula Machado se destaca na Rua SãoClemente, em Botafogo. O contrato de compra assinado com a famíliaproprietária, nesta última sexta-feira, incluiu o “de acordo” dos 11 herdeiros,pondo fim ao temor dos cariocas quanto ao destino do prédio tão importante parao bairro e a cidade. As casas geminadas, anexas ao palacete e com endereço pelaRua Dona Mariana, também entraram no negócio.
Acasa, construída em 1908 a pedido de Cândido Gaffrée, foi doada a Celina, filhado também industrial e sócio Eduardo Guinle. Na época, a empresa Gaffrée &Guinle florescia como grande potência econômica em vários ramos de atividades, comoa de bancos, portos e da construção civil.
Opalacete abrigou durante décadas o casal Celina e Lineu de Paula Machado, empresárioe fundador do Jockey Club Brasileiro. Celina não deixava de abrir a residênciapara crianças brincarem no gramado dos jardins de projeto francês que, agora,continuarão preservados.
Ocasarão chegou a ser anunciado no início do ano, como espaço cultural daprefeitura do Rio de Janeiro ou sede do Instituto Lula, iniciativas que nãovingaram.
Agora,além de continuar servindo de área de lazer para as crianças do bairro, oespaço ganha brilho para a criatividade do carioca, por sinal vocação incontestávelda cidade. A própria FIRJAN, em pesquisa recente sobre a Indústria Criativa, apontouo setor como um dos maiores empregadores, com quase um quarto dos trabalhadores(23,1%) do estado. Detalhe: com salários 60% maiores que a média estadual.
Sem comentários:
Enviar um comentário