Fábio Jr. volta ao palco do Citibank Hall para duas únicas apresentações, dias 22 e 23 de outubro. A turnê intitulada “Fábio Jr.” tem cenografia de Zé Carratu e conta com os grandes sucessos do cantor no repertório, que dão todo o toque de romantismo ao show. Os ingressos já estão disponíveis na bilheteria do Credicard Hall, pela internet (www.ticketsforfun.com.br), pelo telefone 4003-5588 e nos demais pontos de vendas do país. A realização é da TIME FOR FUN.
“Caça e Caçador”, “Alma Gêmea”, “Felicidade”, “Quando Gira o Mundo” e “Pai”, um dos grandes momentos de emoção do show, entre outras, prometem animar o público presente. “Estou ansioso. Adoro cantar no Rio de Janeiro, me sinto em casa, literalmente. A turnê 2010 está super bacana. O show está tão redondinho que resolvi manter algumas coisas da turnê 2009”, conta Fábio.
Os backing vocals do cantor, Aldo Gouveia, Márcio Silva, Moises Tristão e Wilber Sales dão show na performance da música “Coleção” (Cassiano). Álvaro Gonçalves na guitarra e violão, Jotinha no baixo, Gustavo Barros na guitarra, o maestro Amador Longhini nos teclados, Pepa D'Elia na bateria e Clodoaldo Canizza na percussão, Paulo Baptista no trompete e Ubaldo Versolato no sax e flauta completam a banda que acompanha Fábio Jr.
Com direção do próprio Fábio Jr. e produção da MC3, o show conta com a direção musical e arranjos de Amador Longhini.
FÁBIO JR.
Segundo dos três filhos de Antônio Luiz e Nilva, o paulistano Fábio Correa Ayrosa Galvão nasceu na manhã do dia 21 de novembro de 1953 e foi criado no bairro do Brooklyn com seus irmãos Danilo e Heraldo. A família de classe média não era rica, com o pai taxista e a mãe professora de piano, e desde cedo o jovem Fábio e os irmãos trabalharam na banca de jornal com a qual o pai encarava o orçamento familiar. Já naquela fase, Fábio sonhava estar na capa de revistas como as que entregava na casa dos fregueses. Afinal, desde o início da adolescência, os programas musicais na televisão foram sua grande paixão e, estimulado pelo violão presenteado pelo pai, Fábio formou um trio vocal com seus irmãos – Os Colegiais, pouco depois rebatizado de Os Namorados, grupo que inicialmente participou do “programa preparatório” do Festival de Música Infantil da TV Bandeirantes e depois do programa Mini-Guarda, apresentado pelos também artistas mirins Ed Carlos, Mário Marcos e Enza Flori por cerca de um ano – entre 1967 e 1968. Naquela ocasião, o estímulo para o prosseguimento na carreira artística veio por um elemento externo – um diretor de televisão que desafiou o empenho do cantor adolescente ao dizer-lhe que ele não sabia cantar, mas que poderia dedicar-se à dramaturgia. Fábio ingressou no tele-teatro – comandado pela lendária Cacilda Becker e dirigido por Walter George Durst -, estreando com a peça “Inês de Castro, A Rainda Depois de Morta”, e chegou a participar de especiais na TV Cultura, ao lado de atores consagrados como Paulo Autran e Etty Frazer.
Mas a paixão pela música permaneceu e felizmente também o estímulo dos pais. Levados pelo pai a rádios e shows, Os Namorados acabaram conhecendo o músico e produtor Arnaldo Saccomani, que em 1970 os levou para cantar numa gravação de Ronnie Von e acabou produzindo um primeiro compacto para a Polydor. O cantor Christie estava estourado mundialmente com “Yellow River” e o grupo gravou uma versão em português, intitulada naturalmente “Rio Amarelo” e que foi o lado principal daquele primeiro disquinho. Mas, historicamente, o lado B é mais importante pois trazia “A Saudade Que Ficou”, uma das primeiras músicas compostas por Fábio. O compacto não aconteceu, nem tampouco seu sucessor, lançado no ano seguinte pela mesma Polydor - com uma versão para o sucesso internacional “What Have They Done To My Song Ma”. Fábio não desanimou da carreira musical, ainda que o grupo tenha praticamente terminado no início dos anos 70, quando – já na maioridade – ele teve empregos em lojas de departamentos e também fazendo transporte escolar em São Paulo.
Os três irmãos dos Namorados acabaram se reunindo novamente alguns meses mais tarde, como Bossa 4 e depois – já com a cantora Malu – renovaram-se sob o nome artístico de Grupo Arco-Íris, que chegou a gravar um único compacto simples pelo selo Sinter em 1973. A última formação do grupo vocal foi imediatamente sucedida por seu fim definitivo, quando – naquele mesmo ano – Fábio passou a integrar (como corista) a banda Uncle Jack, que acompanhava o cantor Pete Dunaway em shows e discos. E, vendo o talento de seu acompanhante, o artista principal deu a chance de Fábio vocalizar o lado B de seu compacto “I ´ll Be Fine” pela Mercury naquele ano de 1973. Creditado ao Uncle Jack, a faixa “In My Song” trazia a voz de Fábio – que naquele ano também gravaria “My Baby” com o Uncle Jack para uma coletânea. Mas, com o eventual fim do Uncle Jack em 1974, nosso artista teve a chance de gravar novamente – agora pela MGM - um compacto com a canção “Don´t Let Me Cry”, creditado a um certo Mark Davis. Incluída na trilha sonora de uma telenovela, a música fez enorme sucesso e no ano seguinte a direção da MGM gravou e lançou um álbum daquele cantor misterioso. Mas Fábio Galvão queria ser conhecido com seu próprio nome e, principalmente, cantar em português. O produtor Caion Gadia reuniu Fábio e o também cantor e compositor Silvio Brito no programa “Aleluia”, no ar por nove meses na TV Tupi, e já naquele momento Fábio passou a adotar o pseudônimo artístico Fábio Jr. – para não haver confusão com o ator Flávio Galvão. Foi o momento em que Fábio, contratado pela Philips, fincou o pé e acabou gravando seu primeiro LP creditado a Fábio Jr. em 1976. No repertório, diversas parcerias com o letrista Paulo Coelho e também uma releitura de “A Noite do Meu Bem”, clássico de Dolores Duran. Mas o disco não aconteceu.
Fábio foi então lembrado pelo diretor Walter George Durst, que selecionava elenco para uma nova novela da TV Globo. Chamado pelo telefone para fazer o papel reservado especialmente para um ator paulistano, Fábio mudou-se para o Rio de Janeiro e estaria no elenco da novela “Despedida de Casado” – não tivesse a mesma sido censurada às vésperas de sua estréia no final de 1976. Acabou então estreando em “Nina”, no ano seguinte, e em seguida estrelou o caso especial – que eventualmente virou série – “Ciranda, Cirandinha”, ao lado de Lucélia Santos, Denise Bandeira e Jorge Fernando. Naquele ano de 1978, Fábio estava determinado a firmar-se também como cantor e compositor e invadiu a sala dos diretores da TV Globo com todos os discos que gravara até então – como Os Namorados, Grupo Arco-Íris, Uncle Jack, Mark Davis e Fábio Jr. A determinação do jovem ator foi tamanha que, no episódio “Toma Que O Filho é Teu”, ele teve a chance de cantar sua música “Pai”, ainda inédita. A novelista Janete Clair gostou da canção e ela tornou-se tema de “Pai Herói” – novela global que estreou em janeiro de 1979, ano em que Fábio Jr. foi contratado pela gravadora Som Livre e finalmente encontrou o caminho do sucesso.
Conduzindo com sabedoria sua carreira desde 1979, ano em que participou do longa-metragem “Bye Bye Brasil”, de Cacá Diegues, ao lado de Betty Faria, José Wilker e Zaira Zambelli, Fábio ingressou numa agenda frenética de gravações de discos e novelas, além de shows por todo país. No período das décadas de 80 e 90, gravou diversos discos, participou de várias novelas e apresentou um programa de TV, com surpreendente simultaneidade, cravando na história de nossa cultura o feito inédito de artista de sucesso tanto como cantor, compositor, apresentador e ator. Fábio Jr. é um artista completo!
No século XXI, a notoriedade alcançada pela musicalidade reflete em sucessos e dia após dia conquista fãs por todo o Brasil. Com um carisma inigualável e uma carreira brilhante, Fábio Jr. é consagrado.
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