quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Monumento aos Pracinhas em processo de tombamento

Será apreciado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão deliberativo máximo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, dias 4 e 5 de novembro, o pedido de tombamento do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, localizado no Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, um espaço já tombado pelo Iphan desde 1965 por sua importância arqueológica, etnográfica e paisagística. A reunião acontecerá no Salão Portinari do Palácio Gustavo Capanema, localizado na Rua da Imprensa, 46, no Centro do Rio.

Conhecido como Monumento aos Pracinhas, foi construído entre 1957 e 1960 e projetado pelos arquitetos Marcos Konder Netto e Hélio Ribas. O conjunto é integrado por três obras: uma escultura de metal homenageando a força aérea brasileira, outra em granito que homenageia os pracinhas das três armas e um painel de azulejos destacando os combatentes e os civis que morreram em operações navais. Junto ao monumento, localiza-se um museu composto por objetos e equipamentos usados pela Força Expedicionária Brasileira e outros apreendidos de soldados alemães.

O Monumento

Simbolicamente, o Monumento aos Mortos da II Guerra Mundial, estiliza duas palmeiras amparando mãos que levam até o céu nossos pracinhas mortos em combate, cujos 468 túmulos se localizam no subsolo. A plataforma elevada, que atinge trinta e um metros de altura empregou, pela primeira vez no país, concreto aparente.

A Força Expedicionária Brasileira, conhecida como FEB, foi constituída por 25.334 soldados das três armas que lutaram ao lado dos aliados, na Itália, e tinha como lema a expressão "A cobra está fumando", uma alusão ao que se dizia, à época, que seria "mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra".

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural

A reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural será nos próximos dias 4 e 5 novembro, no Salão Portinari, que fica no Palácio Gustavo Capanema, sede do Iphan no Rio de Janeiro. O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus – Ibram e da sociedade civil.

Além do Monumento aos Mortosda II Guerra Mundial, fazem parte da pauta da reunião do Conselho Consultivo a proposta de registro como Patrimônio Cultural do Brasil o Ritual Yaokwa dos povos Enawene Nawe, no Mato Grosso, e dos sistemas agrícolas do Alto Rio Negro, no Amazonas. Os conselheiros avaliarão também a possibilidade de tombamento para o sítio histórico de São Félix, na Bahia, da paisagem natural de Santa Tereza, no Rio Grande do Sul, e do Encontro das Águas dos Rios Negro e Solimões, no Amazonas.

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