terça-feira, 6 de setembro de 2011

Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresenta Tosca, de Puccini

A história de amor, poder e traição recebe montagem com direção de Carla Camurati no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e solistas premiados, acompanhados pelo Coro e Orquestra do Theatro sob a batuta de Silvio Viegas.

Desde sua primeira apresentação há 111 anos, Tosca, de Giacomo Puccini, tem sido uma das óperas mais representadas em todo o mundo, amplamente popularizada por árias como Vissi d’arte vissi d’amore, Recondita armonia e E lucevan le stelle. A partir de 11 de setembro, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura, estreia nova montagem da obra, com direção e concepção de Carla Camurati. À frente do elenco, estarão as sopranos Sondra Radvanovsky e Eiko Senda revezando-se no papel-título; os tenores Thiago Arancam e Riccardo Massi como Cavaradossi, e os barítonos Juan Pons e Lício Bruno interpretando Scarpia. Carlos Eduardo Marcos (Angelotti) e Eduardo Amir (Sacristão) completam o elenco de solistas. A direção musical e regência da Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal são do maestro Silvio Viegas.

Para contar a trágica história de amor entre a cantora lírica Tosca e o pintor Cavaradossi, Carla – que reuniu colaboradores de longa data como o cineasta e diretor de fotografia Lauro Escorel (iluminação) e Cica Modesto (figurino) – procurou reforçar o caráter dramático da obra:“O que mais chama a atenção em Tosca é, antes de tudo, a música, belíssima. Também a grande densidade dos personagens, próxima dos grandes personagens teatrais. Normalmente a música sublinha a dramaticidade. Em Tosca tem-se também uma rica construção dramatúrgica da personalidade dos personagens”, analisa. “Há muita gente que percebe Tosca como uma louca. Para mim, esta é uma história de amor que deu errado em uma noite de lua cheia. Não era para Tosca nem Cavaradossi terem o fim que tiveram. É uma tragédia, uma história de amor, poder e traição”, acredita. Para a ambientação do espaço cênico a diretora preferiu não utilizar um cenário de gabinete. E buscou referências na pintura: “Quis um espaço em que se brinca com a perspectiva. Por isso recorri a Piranesi que viveu em época próxima da que se passa a trama” explicou. 

Tosca estreou em 1900, mas sua história se passa em 1800. Giovanni Battista Piranesi morreu em 1778. “Vamos unir projeção, impressão (telão) e o tridimensional. Todos os elementos essenciais para o desenho de emoção que os personagens carregam”, revela.

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