Criação coletiva de 80 poesias será lançada no dia 1º de novembro, às 19 horas, no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte (MG)
Com prefácio em formato de poema, escrito pelo músico e ex-vocalista dos Mutantes Arnaldo Dias Baptista, Exemplar Disponível ao Roubo, publicado pela Autêntica Editora, é resultado da criação coletiva de seis jovens músicos, poetas e artistas plásticos de Belo Horizonte. Mais do que uma coletânea, a obra reúne 80 poesias, cada uma delas criada em conjunto pelo grupo, que atribui sua autoria a um personagem fictício: Miguel Capobianco-Livorno.
O músico Arnaldo Baptista leu os manuscritos deExemplar Disponível ao Roubo e aceitou fazer o prefácio em razão das muitas semelhanças entre os poemas contidos no livro e as mensagens de suas letras. A proposta de ser um livro, em que todas as partes são escritas em conjunto, segundo Baptista, mostra como a obra de arte escrita pode ser democrática, ao contrário de outras manifestações artísticas. “Quando pinto um quadro, a autoria é só minha e estes jovens mostraram que a linguagem escrita pode fugir dos padrões tradicionais de criação”, afirma.
Os poemas do livro Exemplar Disponível ao Roubo têm em comum com o trabalho do músico um trato de irreverência e leveza dado a temas existenciais profundos e contraditórios, tais como crença e desilusão nos relacionamentos humanos, no comportamento moral e na relação do homem com suas próprias aptidões e limites. Arnaldo Dias Baptista, que prepara novo álbum, Esphera, reestreou recentemente nos palcos de São Paulo, com seu Arnaldo Dias Baptista Solo Voador.
Formado pelos músicos, artistas plásticos e poetas, Marcos Braccini, Marcos Sarieddine, Rafael Fares, Rafael Ludicanti, Thiakov e Vinícius de Morais do Espírito Santo, Exemplar Disponível ao Roubo deve ser entendido com um elemento literário realizado coletivamente. A autoria das contribuições individuais da obra de Miguel Capobianco permanecerá sempre anônima, atribuída exclusivamente ao heterônimo comum.
Quem é Miguel Capobianco-Livorno - Assim como o nome do autor, o título do livro guarda seus significados e protestos. Para os autores, não se trata de um objeto comercial e sim de uma produção que foge à lógica do mercado editorial. O conceito de heteronímia não se refere aqui meramente a um nome alternativo com que um autor assina suas obras, como seria o caso de um pseudônimo.
Miguel Capobianco-Livorno é antes uma personalidade fictícia, que se apresenta como um indivíduo real, dotado de biografia (ainda que misteriosa), atitude e opiniões próprias, que ultrapassam aquelas de quem o concebeu como heterônimo. O conceito de heterônimo comum se fundamenta na ideia de que não somos sempre os mesmos quando nos encontramos em comunidade, por sermos levados a conciliar nossas vontades e nosso comportamento com o das pessoas que compartilham conosco uma situação comum.
A proposta de Miguel Capobianco-Livorno é ir além de constatar e reconhecer essa dinâmica coletiva, transformando-a em sua principal motivação para a criação artística.
O músico Arnaldo Baptista leu os manuscritos deExemplar Disponível ao Roubo e aceitou fazer o prefácio em razão das muitas semelhanças entre os poemas contidos no livro e as mensagens de suas letras. A proposta de ser um livro, em que todas as partes são escritas em conjunto, segundo Baptista, mostra como a obra de arte escrita pode ser democrática, ao contrário de outras manifestações artísticas. “Quando pinto um quadro, a autoria é só minha e estes jovens mostraram que a linguagem escrita pode fugir dos padrões tradicionais de criação”, afirma.
Os poemas do livro Exemplar Disponível ao Roubo têm em comum com o trabalho do músico um trato de irreverência e leveza dado a temas existenciais profundos e contraditórios, tais como crença e desilusão nos relacionamentos humanos, no comportamento moral e na relação do homem com suas próprias aptidões e limites. Arnaldo Dias Baptista, que prepara novo álbum, Esphera, reestreou recentemente nos palcos de São Paulo, com seu Arnaldo Dias Baptista Solo Voador.
Formado pelos músicos, artistas plásticos e poetas, Marcos Braccini, Marcos Sarieddine, Rafael Fares, Rafael Ludicanti, Thiakov e Vinícius de Morais do Espírito Santo, Exemplar Disponível ao Roubo deve ser entendido com um elemento literário realizado coletivamente. A autoria das contribuições individuais da obra de Miguel Capobianco permanecerá sempre anônima, atribuída exclusivamente ao heterônimo comum.
Quem é Miguel Capobianco-Livorno - Assim como o nome do autor, o título do livro guarda seus significados e protestos. Para os autores, não se trata de um objeto comercial e sim de uma produção que foge à lógica do mercado editorial. O conceito de heteronímia não se refere aqui meramente a um nome alternativo com que um autor assina suas obras, como seria o caso de um pseudônimo.
Miguel Capobianco-Livorno é antes uma personalidade fictícia, que se apresenta como um indivíduo real, dotado de biografia (ainda que misteriosa), atitude e opiniões próprias, que ultrapassam aquelas de quem o concebeu como heterônimo. O conceito de heterônimo comum se fundamenta na ideia de que não somos sempre os mesmos quando nos encontramos em comunidade, por sermos levados a conciliar nossas vontades e nosso comportamento com o das pessoas que compartilham conosco uma situação comum.
A proposta de Miguel Capobianco-Livorno é ir além de constatar e reconhecer essa dinâmica coletiva, transformando-a em sua principal motivação para a criação artística.
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