No próximo dia 8 de julho, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, Luiz Fernando de Almeida, estarão na cidade de São Cristóvão, em Sergipe, para entregar ao governador do estado, Marcelo Déda, o Diploma de Patrimônio Mundial, à Praça São Francisco. O título foi conferido pela UNESCO durante a 34ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, ocorrida em Brasília, em agosto de 2010. Esse diploma, firmado pela Diretora-Geral da Unesco, Irina Bokova, foi entregue à Delegação Permanente do Brasil junto à Unesco em Paris, em janeiro deste ano. O ato que ocorrerá em São Cristóvão finaliza o processo formal de reconhecimento da candidatura brasileira, tornando a Praça São Francisco o 18º sítio brasileiro inscrito na Lista de Patrimônio Mundial.
A cerimônia na Praça São Francisco tem início às 16h30 e também vai celebrar o 191º aniversário da Emancipação Política do Estado, data da Carta Régia assinada por D. João VI, que separou Sergipe da Bahia. O governador Marcelo Déda vai condecorar com a Ordem do Mérito Aperipê – a mais alta honraria concedida pelo Estado – personalidades que se destacaram no processo que levou à inscrição da Praça São Francisco na Lista do Patrimônio Mundial, entre elas Luiz Fernando Almeida e o assessor de Relações Internacionais do Iphan, Marcelo Brito. A festa contará, ainda, com a participação dos grupos Caceteira, Samba de Coco, Reisado e Chegança de São Cristóvão; São Gonçalo de Laranjeiras e Parafusos de Lagarto, além das apresentações da. Lira Sancristovense e pela Orquestra Sinfônica de Sergipe
A Praça São Francisco e o título de Patrimônio Mundial
A praça da cidade de São Francisco foi o 18º bem brasileiro a ser inscrito na Lista de Patrimônio Cultural Mundial da UNESCO. O monumento, segundo o presidente do Iphan, é a melhor representação no Brasil do período da União Ibérica, no Século XVI, quando Portugal e Espanha estavam sob uma só coroa e ainda hoje preserva o contexto natural exuberante de sua paisagem construída singular.
Para Luiz Fernando de Almeida, o reconhecimento da Praça São Francisco é uma vitória das políticas públicas do patrimônio no Brasil e reafirma a importância do papel da cultura para do desenvolvimento do país.
São Cristóvão é uma das mais antigas cidades do país e foi a primeira capital de Sergipe, fundada em janeiro de 1590, no contexto da Dinastia Filipina em Portugal. Os principais monumentos, na Cidade Alta, são cerca de 10 prédios em torno da praça que abriga também a Igreja e o Convento de São Francisco. A construção teve início em 1693 a partir das doações da comunidade aos franciscanos. Quando a cidade era a capital da Província, o convento abrigou a Assembléia Provincial e o salão da Ordem Terceira era ocupado pela Tesouraria Geral da Província. Já na República, São Cristóvão também aquartelou as tropas do batalhão que combateu os seguidores de Antônio Conselheiro, em Canudos, em 1897.
A cidade foi tombada pelo Iphan em 23 de janeiro de 1967. O Instituto adquiriu e restaurou um dos sobrados da praça onde, atualmente, mantém um escritório técnico e exposições culturais. O Museu de Arte Sacra também fica no complexo histórico e abriga um acervo considerado o terceiro mais importante do país. Existe ainda o Museu de Sergipe composto por peças que pertenceram às famílias nobres da região.
A cidade foi tombada pelo Iphan em 23 de janeiro de 1967. O Instituto adquiriu e restaurou um dos sobrados da praça onde, atualmente, mantém um escritório técnico e exposições culturais. O Museu de Arte Sacra também fica no complexo histórico e abriga um acervo considerado o terceiro mais importante do país. Existe ainda o Museu de Sergipe composto por peças que pertenceram às famílias nobres da região.
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