quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Berlendis & Vertecchia Editores lança “A Dialética dos contrários”


Com texto crítico de Artur Freitas, livro traz imagens de obras do conceituado artista visual, Tony Camargo

A Berlendis & Vertecchia Editores traz às livrarias o seu mais novo lançamento: A Dialética dos contrários, um livro com imagens de obras do conceituado artista visual, Tony Camargo. Com texto do crítico Artur Freitas, que faz uma análise profunda dos trabalhos de Camargo produzidos a partir do ano 2.000 até as obras mais recentes, o livro propicia ao leitor uma visão ampla das fases do artista, além de uma entrevista concedida por Tony Camargo aos críticos Agnaldo Farias e Cauê Alves, em português e inglês.      
 
Tony Camargo é conhecido pela sua irreverência e criatividade e traz um grande acervo de concepções materializadas, como afirma o crítico Arthur Freitas: firma-se “não como um pintor, mas como um artista que pinta”, explica.  Tony destaca o início de sua carreira e a importância de Geraldo Leão, orientador e referência fundamental durante os anos universitários. “Foi a partir do segundo ano da faculdade que eu comecei a desenvolver uma trajetória poética. Principalmente por influência do Geraldo, que foi o professor que me deu o toque para isso, me trouxe para o mundo da arte e me apresentou as coisas de uma forma mais real, e não tão utópica, que era como eu tendia a ver. Com isso, eu pude trazê-la para perto de mim, porque, até então, eu imaginava a arte como se ela estivesse longe. Eu não imaginava, naquela época, que eu poderia ser um artista”, afirma Tony.  Também destaca a importância das aulas do pintor Ricardo Carneiro e do curador Paulo Reis, professores do curso de Artes Visuais da UFPR, para a sua produção artística.
 
No livro, Tony tem suas criações analisadas e comentadas por Artur Freitas, que aborda as suas várias fases; das maquinárias e inutensílios; manipulação de objetos produzidos entre os anos 2000 e 2003, às pinturas e planopinturas, até seus atuais projetos de fotomódulos. Para o artista visual, para algo ser pintura, depende de seu próprio fazer. “É impossível pintar sem pintar. Quando projeto fazer uma ‘pintura’, busco começar pelo fim, considerando de início como se ela já estivesse ‘terminada’, e questionando no processo inverso, a autonomia e a ordem das razões do caminho que fatalmente a culmina. Assim, à luz de uma ‘verdade’ me permito pintar, ou mentir pintura, sempre aos impulsos de uma realidade estranha que fixe, sem firmar, o peso da experiência”, confidencia Tony Camargo.        
 
Artur Freitas descreve no livro as características e intenções do artista imposta em cada obra, que tem como inspiração grandes nomes da arte moderna como, Cézanne, Matisse, Picasso e contemporânea, como o Yes Klein, Jasper Johns, o Andy Warhol entre outros. “Tony Camargo é um agenciador de signos, um diplomata dos opostos – uma espécie de perito habituado às pressões da mais intensa dialética dos contrários”, destaca Freitas.        
 
E Tony não se limita. Em sua arte busca pelo direto, não pretendendo saber mais e nem além do que as coisas que comumente já se sabe. “O propósito maior no curso de meu trabalho é buscar o belo na clareza, não na verdade. O mesmo propósito que creio ser ou ter sido fundamental a antigos, recentes e atuais, distantes e próximos artistas que admiro, por mais ou por menos estetas ou políticos, e aos quais devo minha arte”, finaliza.        

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